segunda-feira, 20 de maio de 2013

Final (por Rubia Santi Pozzatto)


O mundo correndo
As nuvens indo embora
O sol chorando lagrimas de fogo.
Matas secando,
Motosserras funcionando
Fogo queimando
Vidas inteiras...
Água correndo,
Terra descendo,
Em forma de cachoeiras.
Janelas abertas
Casas desertas
Sem teto estão.
Animais sem rumo,
Cigarro sem fumo
Acabou a plantação!
Olhares curiosos
Pensamentos chorosos
Se perguntando o porque.
A vida acabando
Os rios secando
Com pedras a os encher.
Vidas passadas
Cruzam as estradas
Trazendo trovoadas
 Ao amanhecer.
Horas incertas
Pessoas inquietas
Pensando no que fazer
Namorados juntos
São dois ou três defuntos
Que morreram sem saber porque.
O mundo acabando,
Pessoas cantando
Um hino sem rima
Para alguém em paz morrer.
Usinas sem água
Sem luz estão as casas
Que já não existem,
 Muros caídos,
Animais perdidos
Carros afogados
Água por todos os lados
Levando quem quiser.
O vento soprando
Por hora vai cantando
a vida que se esvai.
As estrelas sem brilho
fazem o estribilho
Da musica da paz!
No céu não há lua,
Nem a lagrima é mais sua
Porque alguém descobriu o que fazer.
Se olhares se vão,
Outros esmolam o pão
Pés na rua
Calçada ou nua
A terra é uma mulher.
O vento que sopra,
Traz rumo pra tropa
Que segue sem destino
A voz do desatino
Que não sabe onde vai.
Dos olhos fechados,
Agora encaixotados,
Nem lagrimas sai.
A Terra poluída
A historia é sofrida
E o ser humano é o pai. 
                                   

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